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TDAH: 5 mitos que reforçam preconceitos

17 de julho de 2025

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), por muitas vezes, ainda é cercado por mal-entendidos, generalizações e julgamentos silenciosos. Frequentemente, quem convive com as dificuldades de manter o foco, organizar tarefas, lidar com esquecimentos recorrentes ou sentir uma inquietação interna difícil de nomear acaba se questionando: "será que isso é só distração ou algo mais sério?"


Durante muitos anos, o TDAH foi associado quase exclusivamente a crianças agitadas. Isso fez com que uma geração inteira de adultos crescesse sem entender que suas dificuldades de concentração, procrastinação crônica, impulsividade ou instabilidade emocional tinham nome — e, mais do que isso, têm tratamento.


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No consultório, é comum que pacientes adultos cheguem com uma lista longa de tentativas frustradas: já testaram métodos de organização, já usaram aplicativos para foco, já ouviram críticas sobre sua “falta de disciplina” — e muitas vezes tentaram sozinhos dar conta de tudo, sem sucesso. Muitos sequer cogitaram que poderiam ter TDAH. Outros, ao ouvirem o diagnóstico, duvidaram:

  • Mas será que isso não é só cansaço?”
  • “Será que não estão exagerando?”
  • “Será que TDAH em adultos realmente existe?”


Essas dúvidas são legítimas. Por isso, ao longo deste artigo, nossa intenção é oferecer informação clara, com embasamento científico. Sabemos que receber ou considerar um diagnóstico psiquiátrico não é algo simples, e que todo processo de entendimento da própria mente exige tempo, escuta e empatia. E é justamente isso que priorizamos no atendimento com adultos aqui no consultório: uma escuta que respeita a complexidade de cada história.


Afinal, o TDAH em adultos não é sobre alguém “esquecido” ou “desorganizado”. É sobre um conjunto de padrões que afetam o dia a dia, o trabalho, os relacionamentos e a autoestima.


Neste artigo, vamos esclarecer 5 mitos que ainda confundem o entendimento sobre o TDAH em adultos, abordando o que realmente se sabe, como a ciência enxerga o transtorno hoje, e de que forma ele pode se manifestar em perfis que fogem do estereótipo.


Acreditamos que, ao desconstruir esses mitos, damos um passo importante rumo ao acolhimento, à clareza e à possibilidade de um cuidado mais ético e eficaz.


A importância de olhar para o TDAH com outros olhos

Poucos quadros psiquiátricos sofreram tanta distorção na mídia, nas redes sociais e nas conversas cotidianas quanto o TDAH. Por um lado, há quem banalize os sintomas, usando expressões como “sou TDAH porque esqueço tudo”. Por outro, há quem duvide da existência do transtorno, reforçando o preconceito e dificultando o acesso ao diagnóstico.


Nenhum dos extremos ajuda. E ambos afastam as pessoas de algo fundamental: o direito de entender o que está acontecendo consigo mesmas, sem culpa ou julgamento.

O que temos percebido em nossa prática clínica é que muitos adultos só chegam ao diagnóstico depois de anos lidando com consequências silenciosas do transtorno: dificuldades profissionais constantes, sensação de “fracasso” apesar do esforço, relacionamentos marcados por mal-entendidos, autoestima abalada.


Para quem cresceu ouvindo que era “distraído demais” ou “desorganizado”, é comum acreditar que isso faz parte de sua personalidade. Mas quando o padrão se repete, com prejuízos concretos no dia a dia, o olhar clínico pode abrir caminhos transformadores.


Hoje, sabemos que o TDAH é uma condição neurobiológica, com bases genéticas e ambientais, que envolve alterações nas áreas do cérebro relacionadas à atenção, planejamento e controle de impulsos. Isso significa que não se trata de “preguiça” ou “falta de foco por desinteresse”, mas de uma forma diferente de funcionamento cerebral.


E isso não torna ninguém menos capaz. Ao contrário: muitos adultos com TDAH não diagnosticado são altamente criativos, sensíveis, empáticos e apaixonados por aquilo que fazem. O que falta, muitas vezes, é um ambiente que compreenda esse funcionamento, e um plano terapêutico que respeite sua individualidade.


Por que desmistificar o TDAH é um gesto de cuidado

Quando um transtorno mental é mal compreendido, surgem dois riscos: o primeiro é o diagnóstico errado — pessoas que não têm o transtorno acreditam ter. O segundo, e mais comum, é o diagnóstico negligenciado — pessoas que precisam de ajuda passam anos sem acesso a ela, porque os sintomas foram minimizados ou mal interpretados.


Ambos os cenários causam sofrimento. E é por isso que desmistificar os mitos sobre o TDAH em adultos não é apenas uma tarefa educativa, mas um gesto de cuidado com a saúde mental coletiva.


Nos próximos blocos deste artigo, vamos explorar cinco ideias equivocadas que ainda circulam sobre o TDAH em adultos. A cada mito, vamos oferecer contrapontos baseados em evidência científica, relatos comuns na prática clínica e formas mais acolhedoras de compreender esse transtorno.


Importante lembrar que o conteúdo deste artigo tem finalidade informativa. Ele não substitui uma avaliação profissional. Se você se identifica com o que será abordado, considere buscar um especialista. Há caminhos disponíveis, e você não precisa percorrê-los sozinho.


Os mitos sobre o TDAH em adultos

A confusão sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em adultos nasce, muitas vezes, de representações distorcidas e reducionistas. Embora os sintomas estejam bem documentados por pesquisas internacionais, o senso comum ainda propaga versões simplificadas ou erradas do que de fato é viver com esse transtorno.


Ao longo de anos de atendimento, notamos que muitos adultos chegam ao consultório carregando essas ideias. Elas afetam não só a forma como veem o diagnóstico, mas principalmente, como se enxergam: com dúvida, vergonha ou descrença. Por isso, dedicar tempo à desconstrução desses mitos é parte do cuidado.


A seguir, explicamos os dois primeiros equívocos mais frequentes que escutamos entre pacientes, familiares e até profissionais de outras áreas. O objetivo não é definir o que é certo ou errado de forma rígida, mas abrir espaço para compreensão, acolhimento e, quando necessário, reorientação.


Mito 1: "TDAH só existe na infância"

A ideia de que o TDAH é uma condição exclusiva de crianças ainda é muito disseminada. Muitos adultos, ao se identificarem com os sintomas, hesitam em buscar ajuda por acreditarem que “isso já deveria ter passado” ou que “era coisa de infância”.


No entanto, os estudos atuais mostram o oposto: embora o TDAH tenha início na infância, seus efeitos podem persistir por toda a vida. De fato, em uma parcela significativa das pessoas diagnosticadas, os sintomas continuam na vida adulta, mesmo que se manifestem de formas diferentes.


Entre os adultos, a hiperatividade visível pode ser substituída por uma inquietação interna constante, por dificuldade em relaxar ou descansar sem culpa. A distração na escola dá lugar à dificuldade de terminar projetos no trabalho, de manter uma rotina organizada ou de lidar com múltiplas tarefas sem exaustão.


Essas manifestações não são menos importantes por serem mais sutis. Na verdade, o sofrimento psíquico vivido por adultos com TDAH pode ser intenso, especialmente quando a cobrança interna e externa é alta. Profissionais que ocupam cargos de liderança, lidam com múltiplas responsabilidades ou precisam manter alta performance diária frequentemente descrevem um cansaço mental persistente, fruto de um esforço contínuo para manter o foco, mesmo em tarefas simples.


A ausência de diagnóstico na infância, comum em gerações anteriores, não significa que o transtorno tenha desaparecido. O que ocorre, muitas vezes, é uma adaptação silenciosa — com prejuízos acumulados ao longo do tempo, afetando autoconfiança, relações sociais, desempenho profissional e saúde emocional.


Por isso, quando um adulto se reconhece nas descrições atuais do TDAH, o ideal é não descartar a possibilidade por causa da idade. Em vez disso, o caminho mais saudável é buscar uma escuta clínica qualificada, que leve em conta não apenas os sintomas, mas o contexto de vida, a história pessoal e os impactos práticos da dificuldade de atenção.


Mito 2: “Quem tem TDAH não consegue ter sucesso”

Este é um dos mitos mais injustos — e talvez um dos que mais adoeçam silenciosamente. Muitas pessoas com TDAH não diagnosticado passam grande parte da vida ouvindo críticas veladas: “você é tão inteligente, mas não se organiza”, “tem muito potencial, mas não termina nada”, “sempre deixa tudo para depois”.


Com o tempo, essas falas minam a autoconfiança e geram uma sensação de inadequação. Surge, então, a ideia de que pessoas com TDAH não conseguem manter uma carreira sólida, ter estabilidade financeira, organizar uma vida familiar ou mesmo ocupar posições de liderança.


O problema não está na existência do TDAH, mas na falta de compreensão sobre o que ele é — e, principalmente, na ausência de ferramentas para lidar com seus desafios específicos.


Profissionais com TDAH que recebem um plano terapêutico adequado aprendem a reconhecer seus próprios ciclos de produtividade, a organizar o dia com mais consciência, a criar rotinas realistas e a reduzir o impacto do esquecimento ou da impulsividade. E isso transforma o cotidiano.


Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que o caminho não é fácil. O sofrimento subjetivo pode existir mesmo quando há sucesso objetivo. Não é raro que, mesmo com bons resultados profissionais, adultos com TDAH relatem uma constante sensação de insuficiência — como se estivessem sempre correndo atrás do próprio rastro.


Esses sentimentos também merecem atenção clínica. Eles não são frescura, falta de vontade ou baixa autoestima infundada. São, muitas vezes, resultado de anos tentando se encaixar em padrões de funcionamento que não consideram a diversidade do cérebro humano.


Por isso que reforçamos: o diagnóstico não limita, ele liberta. Ele oferece uma lente mais clara para compreender os próprios desafios e, principalmente, para construir estratégias que respeitem o que cada pessoa tem de mais valioso.


Continuando a desconstrução de mitos que confundem e afastam

Até aqui, já falamos sobre como o TDAH em adultos é real e como ele não deve ser visto como um obstáculo definitivo ao sucesso. Agora, seguimos com os três últimos mitos que frequentemente distorcem a compreensão sobre esse transtorno e impactam diretamente na forma como muitas pessoas lidam com suas dificuldades de atenção, organização e regulação emocional.


Mito 3: "TDAH é só uma fase de desatenção"

Dizer que alguém está passando por uma “fase” de desatenção é comum em contextos de estresse, cansaço ou sobrecarga. E de fato, todos podem vivenciar momentos em que a concentração falha, especialmente diante de mudanças intensas, noites mal dormidas ou preocupações constantes.


No entanto, o TDAH não é uma fase. Ele também não é um “estado mental temporário”. Trata-se de uma condição clínica reconhecida por organizações como a Associação Americana de Psiquiatria, a Organização Mundial da Saúde e diversas diretrizes brasileiras, incluindo o Ministério da Saúde e a Revista Brasileira de Psiquiatria.


O que diferencia o TDAH de distrações ocasionais é a persistência dos sintomas ao longo da vida e o impacto funcional que eles causam. A dificuldade de se concentrar, organizar rotinas, lembrar de compromissos, controlar impulsos ou finalizar tarefas não aparece apenas em dias difíceis — ela faz parte de um padrão que se repete, com prejuízos visíveis no cotidiano.


Essa diferença é fundamental. Quando se acredita que o problema é passageiro, muitos adultos tendem a adiar a busca por ajuda, esperando que as coisas “se resolvam com o tempo”. Esse adiamento pode gerar frustrações acumuladas, sensação de fracasso recorrente e, em alguns casos, até quadros associados, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.


Com o tempo, o acúmulo de pequenas falhas percebidas como “fraqueza pessoal” vai minando a autoconfiança. A pessoa passa a duvidar de sua capacidade, mesmo tendo potencial e competências comprovadas.


Por isso, quando o padrão se repete e afeta relações, desempenho ou bem-estar emocional, o mais sensato é investigar com apoio especializado, e não minimizar o incômodo como se fosse uma fase. O cuidado psiquiátrico adequado parte do princípio de que todo sintoma merece atenção — especialmente quando prejudica a qualidade de vida.


Mito 4: “Diagnóstico é exagerado e está na moda”

Outro mito muito comum é o de que o TDAH virou uma “moda”. Esse tipo de discurso tende a invalidar quem sofre com os sintomas e precisa de acolhimento.


O aumento de diagnósticos nos últimos anos não significa banalização. Ele reflete um movimento com saldo positivo: mais informação, mais acesso à saúde mental e mais pessoas reconhecendo que há algo a ser cuidado. Durante décadas, transtornos como o TDAH foram invisibilizados, especialmente em adultos. Hoje, graças à evolução das pesquisas e da conscientização pública, muitos conseguem se enxergar nas descrições clínicas e buscar auxílio com menos medo ou vergonha.


É importante compreender que diagnóstico não é moda. Não se trata de um rótulo imposto, mas de uma construção cuidadosa feita com base em critérios estabelecidos, sempre levando em conta a história pessoal do paciente, seu contexto e seus sintomas persistentes.


Mesmo assim, o receio de receber um “rótulo” continua forte. Muitos pacientes relatam medo de serem mal interpretados, de parecerem frágeis ou de serem tratados com desdém no ambiente profissional. Essa insegurança é legítima e deve ser respeitada. Mas, ao mesmo tempo, precisa ser colocada em perspectiva: um diagnóstico bem conduzido não limita — ele liberta, porque permite nomear uma dificuldade real, e construir a partir disso estratégias de cuidado e desenvolvimento.


No consultório, o diagnóstico de TDAH nunca é feito de forma apressada. Envolve escuta profunda, avaliação criteriosa e, acima de tudo, respeito pela singularidade de cada trajetória. A decisão de iniciar tratamento, com ou sem uso de medicamentos, é feita em parceria, com o paciente no centro do processo.


A percepção de que há mais diagnósticos hoje é verdadeira. Mas isso se deve, sobretudo, à ampliação do acesso à informação e à valorização da saúde mental. E isso, longe de ser um exagero, é um avanço necessário.


Mito 5: "Quem tem TDAH é só preguiçoso e desorganizado"

Este mito é doloroso porque atinge diretamente a autoestima de quem convive com o transtorno. A ideia de que o TDAH é “falta de força de vontade” ainda é repetida — muitas vezes, de forma sutil — por pessoas próximas, colegas de trabalho ou até familiares bem-intencionados.


Essa visão distorcida parte de um equívoco: confundir dificuldade com desinteresse. Quando um adulto com TDAH esquece prazos, adia compromissos ou parece disperso em conversas importantes, isso não significa que ele não se importa. Muitas vezes, o esforço para se manter focado é enorme — e o desgaste emocional por não conseguir acompanhar é ainda maior.


A dificuldade em iniciar tarefas, por exemplo, não é preguiça. Ela está ligada a processos neurológicos relacionados à motivação, ao controle de impulsos e à regulação do tempo. O cérebro de quem tem TDAH processa as informações de forma diferente, e isso se reflete em atrasos, desorganização e sensação constante de descompasso.


Dizer que alguém com TDAH é “relapso” ou “desinteressado” apenas reforça a dor de quem já convive com uma autocrítica intensa. Ao contrário do que se imagina, muitos pacientes com esse perfil são extremamente engajados, comprometidos com o que fazem e desejam muito entregar bons resultados — mas se veem, com frequência, presos em ciclos de procrastinação, culpa e exaustão.


Por isso, uma das tarefas mais importantes da abordagem clínica é ajudar o paciente a separar o que é sintoma do que é identidade. Quando isso acontece, a transformação começa a aparecer. A culpa dá lugar à compreensão. A vergonha cede espaço à possibilidade de reorganizar a vida com mais leveza.


Perguntas frequentes sobre TDAH em adultos

Entender o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) envolve, muitas vezes, lidar com uma série de dúvidas que se repetem — principalmente entre adultos que só começaram a investigar a possibilidade do diagnóstico na vida adulta. Abaixo, reunimos algumas das perguntas mais frequentes em consultório e nas buscas online, respondidas de forma objetiva, acolhedora e com respaldo científico.


Quem pode diagnosticar TDAH em adultos?

O diagnóstico deve ser realizado por um médico psiquiatra ou neurologista, com base em critérios clínicos específicos e escuta qualificada da trajetória do paciente. Psicólogos também podem participar da avaliação com testes complementares, mas o diagnóstico final cabe sempre ao médico.


TDAH em adultos é diferente do TDAH em crianças?

Sim, embora a base do transtorno seja a mesma, as manifestações mudam com a idade. Enquanto em crianças a hiperatividade tende a ser mais visível, em adultos desatenção, no entanto, costuma se manter ao longo do tempo.


O TDAH pode surgir na vida adulta?

O TDAH tem origem neurobiológica e, portanto, não “surge” na fase adulta. Porém, muitos adultos só percebem os sintomas com mais clareza em momentos de maior demanda — como entrada no mercado de trabalho, nascimento de filhos ou mudanças significativas na rotina. Por isso, o diagnóstico pode ser tardio, mesmo que os sinais tenham estado presentes desde a infância.


É possível ter TDAH mesmo sendo organizado?

Sim. Muitas pessoas com TDAH desenvolvem métodos de compensação altamente eficientes para lidar com as dificuldades — usando listas, aplicativos, agendas, lembretes. Isso não elimina o transtorno, mas mostra como ele pode se manifestar de forma mais sutil em algumas pessoas. Em geral, esses esforços vêm acompanhados de desgaste mental significativo.


Quem tem TDAH sempre precisa tomar medicação?

Não necessariamente. O tratamento do TDAH é individualizado. Em alguns casos, o uso de medicamentos é recomendado e pode trazer grandes benefícios. Em outros, intervenções psicoterapêuticas, ajustes de rotina, atividade física regular e estratégias de organização podem ser suficientes. O mais importante é contar com uma equipe que respeite as particularidades de cada caso.


O TDAH tem cura?

O TDAH não tem cura, mas tem manejo clínico eficaz. Com diagnóstico correto e estratégias adequadas, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida, a autoestima e o desempenho pessoal e profissional. O objetivo do tratamento é promover funcionalidade, bem-estar e autonomia — nunca apagar quem a pessoa é.


Por que compreender o TDAH é um passo de cuidado

Desvendar os mitos em torno do TDAH em adultos não é apenas uma questão de informação. Trata-se de abrir espaço para o autoconhecimento, para a escuta sem julgamento e para a tomada de decisões mais conscientes sobre a própria saúde mental.


A cada dia, mais pessoas têm conseguido identificar padrões que antes pareciam apenas “falhas pessoais” e, com isso, resgatar a autoestima, o foco e o equilíbrio na rotina. E essa jornada nunca precisa ser feita sozinha.


No consultório do Dr. Túlio Tomaz, acreditamos que cada pessoa carrega uma história única — e que cada sintoma é apenas uma parte dessa narrativa. Por isso, o atendimento voltado ao TDAH em adultos é feito com base em escuta profunda, compreensão do contexto e valorização de soluções viáveis e humanizadas.


Tratar o TDAH não significa mudar quem a pessoa é. Significa reconhecer que há formas mais gentis e eficazes de lidar com os desafios do dia a dia. O caminho para isso começa com informação de qualidade, continua com acolhimento profissional e se sustenta com autonomia.


Se você tem se identificado com os pontos abordados neste artigo, considere buscar uma avaliação com um profissional que compreenda a complexidade — e a riqueza — do funcionamento da mente adulta com TDAH.


Resumo sobre os mitos do TDAH

  • O TDAH em adultos é real e pode impactar diferentes áreas da vida mesmo sem diagnóstico anterior.
  • Mitos populares confundem e atrasam o cuidado, reforçando estigmas e gerando sofrimento.
  • O transtorno não está “na moda”: sua maior visibilidade se deve ao avanço da informação e da medicina baseada em evidências.
  • Pessoas com TDAH podem ser bem-sucedidas, organizadas e criativas — quando compreendidas de forma adequada.
  • O diagnóstico e o tratamento devem ser realizados por profissionais especializados, com foco na singularidade de cada paciente.
  • A escuta acolhedora e a abordagem humanizada são fundamentais no processo de reconhecimento e manejo do transtorno.


Informação é o primeiro passo. Mas é no encontro — com um profissional que escute, compreenda e respeite a sua história — que o caminho do cuidado se fortalece. Se você sente que precisa entender melhor o seu funcionamento, saiba: você não está sozinho.


Conte com a experiência clínica e o compromisso com a saúde mental adulta que fazem parte do trabalho do Dr. Túlio Tomaz. O cuidado começa pela escuta. E pode, sim, transformar.