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7 técnicas de relaxamento para melhorar a qualidade do sono

7 de julho de 2025

Dormir bem vai muito além de simplesmente deitar e fechar os olhos. Nesse sentido, vale destacar que a qualidade do sono está diretamente ligada ao funcionamento do corpo e da mente — e pode influenciar profundamente a saúde emocional, a produtividade no trabalho e o equilíbrio nas relações pessoais.


Quando o descanso deixa de ser reparador, o corpo dá sinais: cansaço persistente, dificuldade de concentração, variações de humor e até dores físicas que surgem sem causa aparente. É nesse contexto que a adoção de técnicas de relaxamento pode fazer diferença real e acessível na vida adulta. Portanto, esse é o assunto de hoje aqui no blog do Dr. Tulio Tomaz.


O sono como parte da saúde mental e não como um detalhe isolado

Na rotina de atendimento do nosso consultório, é comum que o sono surja como uma queixa secundária — mas, em muitos casos, ele se revela um fator central na forma como os pacientes enfrentam o dia a dia. Por isso, um cuidado especial é oferecido a quem relata dificuldade para adormecer, manter o sono ou acordar se sentindo cansado.


A nossa equipe entende que cada pessoa possui uma história única. Para alguns, a insônia é um sintoma que acompanha a ansiedade. Para outros, é reflexo de um período prolongado de estresse ou até de hábitos invisíveis que, aos poucos, afetam a mente. Há ainda quem enfrente sintomas noturnos ligados a quadros como na depressão.


Independentemente do diagnóstico, quando existe sofrimento real relacionado ao descanso, o cuidado deve ser amplo, sem julgamento, sem generalizações, sem fórmulas mágicas.


Ao longo deste artigo, vamos compartilhar sete estratégias amplamente utilizadas e estudadas para promover relaxamento e ajudar na construção de uma noite mais tranquila. Mais do que dicas, são caminhos validados que consideram o ritmo de cada um.


Neste conteúdo, você vai encontrar sugestões que podem ser aplicadas de forma realista, sem exigências radicais. Elas foram reunidas com base em evidências e na vivência clínica de anos atendendo pessoas que desejam dormir melhor — mas, sobretudo, viver com mais leveza.


Quando o sono melhora, muitas outras áreas da vida tendem a entrar no eixo. E esse pode ser o seu próximo passo.


Técnicas de relaxamento para uma noite mais tranquila

Cada pessoa carrega suas próprias experiências e desafios quando o assunto é descanso. Por isso, técnicas que funcionam para uns podem não surtir o mesmo efeito para outros — e está tudo bem. O mais importante é experimentar com gentileza, observar os sinais do corpo e buscar equilíbrio sem pressão.


1. Respiração profunda e consciente antes de dormir

Respirar de forma mais lenta e intencional ajuda o corpo a entender que é hora de desacelerar. Muitos pacientes relatam que, ao praticarem a respiração consciente por poucos minutos, notam uma leve sensação de alívio. Uma técnica simples é inspirar pelo nariz contando até quatro, segurar o ar por três segundos e expirar pela boca contando até seis. Esse padrão envia sinais ao cérebro de que está tudo bem. Ainda que pareça algo sutil, essa prática contribui para a qualidade do sono por reduzir a atividade do sistema de alerta que nos mantém em estado de vigilância.


2. Alongamento leve para relaxar o corpo

Movimentos simples de alongamento, principalmente no pescoço, costas e pernas, podem diminuir a tensão muscular acumulada ao longo do dia. Além disso, ajudam a ancorar a mente no momento presente. Não é necessário seguir uma rotina rígida ou se forçar a grandes amplitudes. Basta dedicar alguns minutos em silêncio, respirando de forma tranquila, enquanto o corpo se estica suavemente. Muitos adultos relatam que, ao incorporar esse cuidado à rotina noturna, percebem menos inquietação física ao deitar. O efeito acumulativo, ao longo da semana, pode melhorar significativamente a qualidade do sono.


3. Ritual noturno com elementos sensoriais

Criar um pequeno ritual de transição entre o dia e a noite é uma forma carinhosa de preparar o corpo para o descanso. Pode incluir um chá sem cafeína, uma leitura leve, uma música suave ou até um banho morno. O importante é que os sentidos sejam envolvidos de maneira agradável e constante. Quando essa rotina é repetida com frequência, o cérebro passa a associar esses estímulos à proximidade do sono. No consultório, é comum ouvirmos relatos de melhora no adormecer após a implementação de rituais que acolhem, acalmam e sinalizam o fim da jornada diária.


4. Técnicas de visualização guiada

Visualizar paisagens calmas ou situações tranquilas pode ajudar a mente a se desconectar dos pensamentos acelerados. Aplicativos com áudios de meditação guiada, como "florestas ao entardecer" ou "trilhas de montanhas ao amanhecer", são muito utilizados por pacientes que sentem dificuldade para “desligar a cabeça”. Esse tipo de exercício pode ser feito de olhos fechados, com atenção às imagens mentais, sensações e sons internos. É uma maneira de permitir que a mente mude o foco sem esforço, criando um estado propício à qualidade do sono. A repetição diária pode trazer resultados perceptíveis em pouco tempo.


Técnicas para promover relaxamento antes de dormir

Ao incluir pequenos ajustes na rotina noturna, o descanso pode se tornar mais restaurador. As técnicas que apresentamos nesta seção têm base em relatos clínicos e evidências científicas, sempre respeitando o tempo e o ritmo de cada pessoa.


5. Escrita terapêutica para aliviar a mente

Muitas pessoas carregam pensamentos repetitivos na hora de dormir, o que dificulta o início do sono. Escrever livremente por cinco ou dez minutos antes de se deitar pode ajudar a organizar ideias e acalmar a mente. Esse tipo de escrita não precisa seguir regras nem estética. Basta colocar no papel o que vier — preocupações, listas, emoções ou acontecimentos do dia. O objetivo é esvaziar a mente de forma gentil, como se tirasse um peso dos ombros. Com o tempo, esse hábito pode funcionar como um sinal de encerramento do ciclo diário, favorecendo a qualidade do sono.


6. Desconexão gradual de telas e estímulos digitais

A luz azul emitida por celulares, tablets e computadores interfere diretamente na produção de melatonina, o hormônio do sono. Por isso, uma desconexão gradual — idealmente 1 hora antes de dormir — costuma fazer diferença na experiência noturna. Mais importante do que eliminar totalmente os eletrônicos é criar um ambiente que reduza estímulos. Isso inclui silenciar notificações, diminuir a luminosidade da casa e optar por atividades calmas. Pequenos gestos como esses comunicam ao corpo que a fase de relaxamento começou. E, aos poucos, essa prática reforça o ciclo natural da qualidade do sono.


7. Atenção ao conforto e à ambientação do quarto

O quarto precisa ser um espaço que favoreça o repouso. Isso não exige reformas ou investimentos grandes — mas sim uma observação cuidadosa sobre iluminação, temperatura, organização e ruídos. Uma cama com travesseiros adequados, cortinas que filtram a luz e sons suaves no fundo já podem trazer conforto suficiente para que o corpo se sinta seguro ao adormecer. Muitos pacientes relatam que pequenas mudanças, como ajustar a posição da cama ou reduzir objetos visuais intensos, impactam positivamente sua noite. Quando o ambiente acolhe, a mente entende que pode descansar com tranquilidade.


Dúvidas frequentes sobre técnicas de relaxamento e sono

A seguir, reunimos perguntas comuns que refletem dúvidas reais de quem busca melhorar o descanso. As respostas são diretas, sem exageros, e sempre respeitando a individualidade de cada situação.


Qual a melhor técnica de relaxamento para dormir?

Não existe uma técnica universal. Cada pessoa responde de forma diferente. Algumas encontram alívio com a respiração consciente; outras preferem meditações guiadas ou alongamentos suaves. O ideal é testar de forma gradual e perceber como o corpo e a mente reagem.


Quanto tempo antes de dormir devo praticar essas técnicas?

Depende do seu ritmo. Para muitos adultos, reservar de 20 a 30 minutos antes de se deitar já faz diferença. O mais importante é criar uma rotina com pequenas repetições que sinalizem ao corpo que a fase de relaxamento começou.


As técnicas funcionam mesmo em casos de insônia?

Elas podem ajudar, sim — especialmente quando fazem parte de uma mudança gradual de hábitos. Mas em casos persistentes de insônia, a avaliação com um profissional da saúde mental pode ser essencial para entender o contexto emocional e físico de cada pessoa.


Qual o papel do psiquiatra em problemas de sono?

O psiquiatra avalia o quadro de forma ampla. Muitas vezes, a dificuldade para dormir está associada a questões como ansiedade, depressão, TDAH ou hábitos de vida que impactam o descanso. O cuidado envolve escuta, orientação, acompanhamento e, quando necessário, intervenções baseadas em evidências.


O descanso é uma conquista possível — e começa com um passo de cada vez

Melhorar a qualidade do sono não exige fórmulas rígidas ou mudanças drásticas. Com atenção, escuta e pequenas ações diárias, é possível transformar a forma como o corpo e a mente descansam.


No consultório do Dr. Túlio Tomaz, temos acompanhado centenas de pacientes que enfrentam noites difíceis. A cada história, reafirmamos a importância de olhar o sono como parte central da saúde mental. Tratar bem o descanso é também tratar com respeito a própria vida. Quer saber mais sobre o assunto? Fale conosco!


Resumo: 7 formas de relaxar antes de dormir

  • Respiração consciente para reduzir o estado de alerta;
  • Alongamentos leves para soltar tensões acumuladas;
  • Ritual sensorial que prepara o corpo para o descanso;
  • Visualização guiada para desligar dos pensamentos;
  • Escrita terapêutica como forma de organizar a mente;
  • Redução de estímulos digitais antes de deitar;
  • Conforto e ambientação do quarto como aliados do sono.